Tudo começou numa pesquisa sobre o tear em 2012. Mais do que um cabo liso usado na tecelagem para separar o fio da cadeia, Licium conta histórias fragmentadas sobre o percurso autobiográfico do artista.
Como uma matriz circular, que se relaciona circulo-circo, Licium é um paradoxo, uma parábola entre a vida do artista e a sua vida artística, com ligações de fios finos, que quebram e se enrolam na sua própria linha, recriando o próprio tear do artista. O fio aguarda a sua função, cria a matriz que vai dar vida, seja ao tafetá, seja a fragmentos ou histórias.

Joa Gouveia (Santo Tirso)
Aos 33 anos descobre o circo em Nanterre (Fr) na escola de circo des Noctambule e inicia a sua formação como artista de circo. Na Escola de Circo Annie Fratellinni começa uma formação de três anos (1995) e em 1998 faz o seu primeiro espetáculo de Straps aéreas acrobáticas no Circo Romanes (Paris).
Inicia a sua carreira de artista de circo onde trabalhou com as seguintes companhias, no circo Le Cirque (Argentina), Festival de circo de Belohorizonte (Br), Circo Romanes (Fr), Companhia de Ópera Bastille com direcção de Colline Serreau (Fr), Companhia de Teatro Escarlate com direcção de Gilles Zaepffel (Fr), Cie Acronte, Cie Lunatic, Cia. Armance Brown e Bruno Krief, colabora com Maria João Pires (Associação Belgais, Pt), Vo’Arte – Mostra “ArtNonStop”(Pt), André Sardet no espectáculo “Mundo de Cartão”, o espetáculo “Cavalia” (Pt).
Colaborou com artistas que influenciaram na sua visão artística, tais como Dominique pifarély, Louis Sclavis, Marc Ducret, Dziz, François Merville, Bruno Chevillon, Gilles Zaepffel, Mathieux Malgrange, Marin Magne, Bruno Krieff.
Cria a Companhia de circo Saudade e é finalista do programa jovem talento de circo 2004 (Fr), assim como do programa Aqui há talento 2007 na RTP1.
Leciona técnicas circenses desde 2009 na Escola Shems-y em Marrocos, assim como no projecto Armazém 13, da associação ADN, ao qual é sócio fundador e desenvolve os seus projectos individuais.