‘Rosa Brava’ em livro

Julho 27, 2007 às 10:27 am | Publicado em Comunicação e Sociedade | 7 comentários

“Rosa Brava, pastora de sonhos e outras histórias” é a mais recente obra do jornalista Pedro Coelho, um dos mais hábeis repórteres  televisivos da TV portuguesa. O livro reúne três trabalhos que o jornalista desenvolveu na SIC, estação na qual trabalha, com o enfoque especial para a mais recente reportagem, com o título de “Rosa Brava”. Conta a história de uma rapariga em idade escolar que vê a vida a passar-lhe literalmente  ao lado, no meio de vacas e lidas da terra, quando podia estar na escola a aprender e a brincar com jovens da sua idade.

Relativamente à reportagem propriamente dita, a especialista em jornalismo televisivo, Felisbela Lopes, docente da Universidade do Minho, escrevia, no dia 6 de Fevereiro, no Jornalismo & Comunicação, o seguinte:

“Não foi uma reportagem qualquer. Poder-se-ia dizer que teve ampla promoção em antena e que aproveitou a confortável boleia de “Ainda há pastores” de Jorge Pelicano. No entanto, “Rosa Brava”, que a SIC exibiu domingo à noite em “Reportagem SIC”, foi um trabalho jornalístico de grande qualidade: bom texto, excelente montagem e, por entre as falas dos intervenientes, sentiu-se sempre um repórter que, no terreno, se movimentava de forma distinta: sem se impor (sem se mostrar na imagem), Pedro Coelho pôs as pessoas a falar como se ele e o repórter de imagem não estivessem lá. Não é fácil e, por isso, o seu trabalho é distinto. As audiências ficaram presas à reportagem. Segundo escreve hoje o “Jornal de Notícias”, o programa alcançou 18.5% de audiência média, sendo “o mais visto do ano em toda a televisão portuguesa e o mais visto da SIC desde o Mundial de Futebol do Verão passado. Destronou o primeiro lugar do jogo da Taça de Portugal entre o Benfica/União de Leiria”. Estes dados impõem estas interrogações: se a informação semanal rende audiências, porquê continuar a apostar em novelas de má qualidade? Se a informação semanal atrai interesse público e interesse do público, não é tempo de terminar com grelhas monotemáticas ao serão? É claro que grande parte do mérito destes números se deve aos autores de “Rosa Brava”, particularmente a Pedro Coelho, um dos melhores repórteres da TV portuguesa. No entanto, este poderia ser o tempo de a SIC voltar a rentabilizar os seus trunfos ao nível da informação”.

Liberdade de imprensa e manchete do Público

Julho 25, 2007 às 5:28 pm | Publicado em Media & Jornalismo, Política | 1 Comentário

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[Foto: Mediascópio]

Em Portugal, nos últimos tempos, tem-se falado muito na falta da liberdade de expressão, com a oposição, em forma de coro, a protestar contra certas atitudes, que dizem serem alimentadas pelo Governo de José Sócrates. É um profissional da Direcção Regional da Educação do Norte que foi afastado do cargo, alegadamente por ter feito comentários acerca da licenciatura do Primeiro-ministro , José Sócrates; é uma delegada de Saúde da Vieira do Minho, também no Norte, que foi afastada do cargo por ser considerada negligente com informações ‘jocosos’ para o Ministro da Saúde; é o próprio José Sócrates que leva um professor, autor de um blog, a tribunal por ter achado que as opiniões publicadas no referido blog lhe era ofensivo… é uma carrada de situações, em pouco tempo… os acontecimentos sucedem-se e os portugueses temem pela sua liberdade. Muito já se falou na propensão autoritária do Governo de José Sócrates, o que levou o primeiro-ministro a dizer, recentemente no Parlamento, que o seu partido sabe o que é liberdade e por isso não levaria, para casa, lições de liberdade de ninguém. Porém, a questão é mais complicada do que se pensa, à primeira vista. Parece que o próprio PS não se revê em certas coisas que andam a acontecer. Por isso, alguns já estão a demarcara-se a actual situação.
Manuel Alegre tem se distanciado das polémicas, voltando contra certas atitudes. Hoje, fez um artigo de opinião, que foi manchete no Público. A imprensa tem tomado o caso como de extrema importância. Se Sócrates não aprende com os políticos no activo, devia, pelo menos, levar em conta o que se passou com Santana Lopes. É que governar, por si só, é complicado… governar, pondo a imprensa contra ele, poderá ser um inferno.

Economia destaca ‘melhor jornalista’ da África Lusófona

Julho 25, 2007 às 4:53 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário

Arão Valoi, jornalista moçambicano que trabalha para o semanário ‘Meia Noite’, recebeu, no sábado passado, na Cidade do Cabo – África do Sul –, o prémio de melhor jornalista africano de expressão portuguesa, apresentando, para o efeito da apreciação do júri, uma reportagem sobre as debilidades da integração económica em África. Na verdade, há vários actores políticos do continente que andam a batalhar a favor da integração das economias regionais africanas, quando, na verdade, deviam estar mais preocupados com a consolidação e a sustentabilidade das suas economias domésticas, a defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e a luta a favor da paz e da estabilidade social. A ideia dos Estados Unidos da África, como alguns andam a propor, é muito precipitada, uma vez que, a união económica africana não seria sustentável, se as partes não se apresentassem como economias sustentáveis. Portanto, parece que há muito trabalho para ser feito, a nível nacional, para depois os políticos africanos pensarem numa união económica, que não comporte as fragilidades que grande parte das economias africanas comporta hoje em dia. Relativamente aos Prémios de Jornalismo Africano CNN Multichoice 2007, destacamos ainda que a distinção de Melhor Jornalista foi para a Uganda, onde foi galardoado o jornalista Richard Kavum.

Mais de 16 vagas para jornalistas em Cabo Verde

Julho 24, 2007 às 4:50 pm | Publicado em Media & Jornalismo | 1 Comentário

Uma empresa mediática, em fase de crescimento na Cidade da Praia, Cabo Verde, anda ‘à cata’ de profissionais da comunicação social, entre eles, jornalistas. Para uma primeira fase, a empresa abre candidatura para a entrada de 1 diagramador sénior, 2 diagramadores estagiários, 6 repórteres com experiência,  10 repórteres estagiários, 2 fotógrafos, 2 revisores e um repórter-correspondente para cada ilha de Cabo Verde.

Como o anúncios constante na página do Liberal diz, a dita empresa quer profissionais que operem, não só na Cidade da Praia – leia-se, Ilha de Santiago -, como também em todas as outras ilhas de Cabo Verde (leia-se, as habitadas). Os candidatos devem enviar o Curriculum Vitae para renanoliveira@uol.com.br.

Revista de ‘Direito e Cidadania’ faz dez anos

Julho 24, 2007 às 4:34 pm | Publicado em Comunicação e Sociedade | Deixe um comentário

foto“‘O islamismo radical e jihadista e sua expansão do Magreb à África Ocidental’ e ‘o inimigo terrorista’ são temas de duas conferências que vão ser proferidas esta quinta-feira, na cidade da Praia, no quadro do lançamento dos números 25 e 26 da Revista Direito e Cidadania.
As referidas comunicações vão estar a cargo dos professores José Anes, da Universidade Nova de Lisboa e especialista em temáticas relacionadas com o terrorismo e José Pina Delgado, Assistente Graduado do ISCJS, de Cabo Verde”.  [
in Expresso das Ilhas]

Os telemóveis na era da informação integrada

Julho 19, 2007 às 3:55 pm | Publicado em Comunicação e Sociedade | Deixe um comentário

Do acidente que teve lugar anteontem no Brasil, com um avião que levou consigo aproximadamente 200 vidas, o telemóvel funcionou como um importante instrumento de recolha da informação. As primeiras imagens sobre o acidente foram obtidas por um jovem, através do seu telemóvel. Posteriormente, fez negócio com a Record, que alastrou o vídeo para o resto do mundo. Hoje em dia, é cada vez mais comum a entrada de conteúdos obtidos através aparelhos domésticos ou de uso pessoal na informação jornalística. Primeiro, era os vídeos amadores. Depois, os telemóveis que fazem fotografia. Actualmente, os telemóveis incorporam câmaras de vídeo. A informação funciona hoje de forma integrada e, cada vez mais, é possível que qualquer cidadão seja o ponto de partida para uma informação.

Três doutoramentos e um livro sobre blogs

Julho 19, 2007 às 3:48 pm | Publicado em Media & Jornalismo | Deixe um comentário

Há duas informações no Jornalismo & Comunicação para as quais chamamos atenção. Uma tem a ver com três teses de doutoramento feitas na área das Ciências da Comunicação, que foram a prova pública entre o final da semana passada e o início desta. Uma é da autoria de Helena Pires e tem como título “Gritos na nossa paisagem interior – a publicidade outdoors e a experiência sensível nos percursos do quotidiano”. O trabalho foi discutido no passado dia 12, na Reitoria da Universidade do Minho. No mesmo local, foi discutido, no dia seguinte, a tese de Madalena Oliveira, intitulada “Metajornalismo… ou quando o jornalismo é sujeito do próprio discurso”. No dia 16, foi a vez de Nelson Zagalo a defender a sua tese de doutoramento, cujo título é “Convergência entre o Cinema e a Realidade Virtual”. Esta última discussão teve lugar na Sala de Actos Académicos da Universidade de Aveiro.
Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketA outra informação é a publicação do livro de Pedro Fonseca, intitulado Blogues Proibidos e vai estar à venda esta semana. “Este livro recorda e organiza seis casos, nacionais, pioneiros na emergência de problemas inesperados no mundo dos blogues. Alguns acabaram nos tribunais acusados no âmbito do Código Penal e dos crimes contra a honra. Outros mostraram os limites da liberdade de expressão.
Das acusações de plágio a Miguel Sousa Tavares à pirataria informática no blogue de Pacheco Pereira, de processos judiciais a jornalistas, professores ou aos inevitáveis autores anónimos, Blogues Proibidos mostra como a escrita em blogues deixou de ser um fenómeno amador e de audiência limitada. Com consequências bastante reais”.

Cinema Cabo-verdiano: Do Alto “Cova da Moura” à “Rua Banana Cidade Velha”

Julho 13, 2007 às 5:55 pm | Publicado em Comunicação e Sociedade | 4 comentários

 

Devemos destacar duas grandes iniciativas no sector do cinema de dois realizadores cabo-verdianos que, curiosamente, na mesma data apresentam dois trabalhos que prometem dinamizar o cinema cabo-verdiano. Dissemos curiosamente porque, surgir um trabalho nesse domínio é difícil, dois ao mesmo tempo é uma raridade. Estamos a falar de dois filmes, de tendência documental: um, “Rua Banana Cidade Velha”, é da autoria de Mário Benvindo Cabral e “Cova da Moura”, de Paulo Cabral.
Relativamente à “Rua Banana Cidade Velha”, A Semana dá-nos conta que “filme pretende mostrar a Cidade Velha ao mundo através de depoimentos e testemunhos de personagens reais – os moradores, que falam do seu ponto de vista sobre a candidatura da Cidade Velha a Património Mundial da Unesco. Durante todo o filme as figuras mais destacadas da comunidade contam histórias que valorizam o berço da nação cabo-verdiana. Outras ainda questionam a importância dessa candidatura para a população local preocupada com o seu bem-estar e a modernização”. Quanto à “Cova da Moura”, Liberal realça que o “documentário revela algumas das contradições que permeiam as relações entre Portugal e os estrangeiros de origem africana, particularmente os descendentes cabo-verdianos, que não se consideram cabo-verdianos, mas que ainda não possuem a cidadania portuguesa”.
Em ambos os casos, destacamos a pertinência dos temas. Pelas piores razões, o bairro da Cova da Moura em Portugal, cuja população maioritária é de origem cabo-verdiana, conquistou espaço nos meios de comunicação social portugueses, estendendo-se aos próprios media cabo-verdianos que, com um olhar distanciado, reproduzem o ‘horror’ que os jornalistas portugueses relatam sobre as vivências cabo-verdianas no Alto da Cova da Moura. Neste sentido, Paulo Cabral vai à procura do pormenor que leva as pessoas a perceberem se a “Cova da Moura” é “Portugal ou Cabo Verde”. Pelos vistos, este documentário vem no seguimento de um que já tinha sido feito anteriormente, dado intitular-se de “Cova da Moura – Portugal ou Cabo Verde II”.
Mário Benvindo Cabral, no seu documentário “Rua Banana Cidade Velha” vai à procura de outros pormenores. Tenta perceber o dia-a-dia da população da Cidade Velha, antiga Vila da Ribeira Grande que luta pelo reconhecimento da Unesco como Património da Humanidade, quando pessoas e instituições estão de olhos postos no local, acabando até por constituir uma violação à privacidade dos moradores.

Adeus Letra C

Julho 13, 2007 às 3:09 pm | Publicado em Cânticos e Poesia | 4 comentários

No passado 5 de Julho, Cabo Verde completou 32 anos como país independente. E, neste contexto, todo o bom filho das ilhas sente-se orgulhoso, procurando premiar o país com o de mais sublime tem. Neste sentido, acabamos de receber um poema de um dos filhos da terra, dedicado a Cabo Verde. O autor, Marciano Ramos Moreira, deixa irromper da alma, um “Adeus Letra C”, que NÓS MEDIA vai dar à estampa. Agradecemos o envio deste poema e, como é evidente, os visitantes deste espaço sabem que estamos abertos à colaboração. Por isso, qualquer texto que pretendam publicar e que se encaixe na filosofia deste espaço, têm o nosso contacto em cima.

ADEUS LETRA   C  
Si bo e Ateniensi
purgunta Kaka
nau, e Rumanu
teima Seza
 
Di pes djuntu
tudu jura
ma na Sidadi Velha
di boka raganhadu
senpri pa ladu direitu
diretamenti di Lisboa
bu dizenbarka
 
Pertu di bo
pasu a pasu
Kaka ku Seza, Xepa ku Txuka i otus mininu
diskunfiadu si
txiga
 
Ku spiritu di anju
es txiga
cha che chi cho chu
es staba  ta kanta
xa xe xi xo xu
era rifron 
 
Un truvon
di bu bokona spanta-s:
da César kel ki e di César!
i di sel e kumanda:
kuandu cha ta skrebedu xa
sima chato ta toma xarope
                        xe ta labradu che
sima xeque sen cheque
                        chi ta rabiskadu xi
sima chiça ti ki kai xícara
                        xo ta santadu cho
sima xogum ki bira chofer
                        chu ta letradu xu
sima chulé di xucro
 
Un palmatoria
bu abokanha-s
trokadu centro pa sentro
di etymon centru ben kel la
kel li ka ben di Roma ki fari di latin
 
Un borduada
bu morde-s
pabia sinto pa cinto
primeru e pa kurason
ultimu pa kalsa
 
Ti  kai – duedjus na kaskadju
bu sopra-s
pa es podi ten tenpu dikora
ma conselho i concelho
ultimu ten Autoridadi
i kel otu e so pa laraxadus
 
Oredjas buru
na di ses
ku denti bu prega
tudu pamodi maça pa massa
kel li e pa Italianus
kel la pa burus
 
Oredja buru go nau!
es grita fepu
ku fantasma etimolujia
(moradu la pa ladu Roma nhu Sezar
nen retratu ka manda)
nos mimoria e ka kontratadu
 
Muitu menus mimorias
di kes ku nasimentu markadu na Nosu Sinhor Futuru
i di kes fora di luzofunia diasporizadu
– nen tradison di uza alfabetu Don Dinis Pueta ka ten
 
Nos mimoria
e pa kimika ku orason
primeru ta da-nu grogu
sigundu, lugar na seu
 
Dentu kel un spertinhu
(António de Paula Brito
nhu padri santa-l)
djata
minis:
nu mara-l bokona
ku Serpenti di Afrika S
nu ntrega-l
Kapiton di Europa K
rumu Lisboa
na ragas di si primu Q
afinal,
                        kabesa di Afrika ku Europa nu erda
 
I  ku djatu Xepa ku Txuka rispondi:
            bu skesi si maridu CH  i fidju TCH
            kabesa dentu mar nu manda-s
            pa es ka sukuta
            ma nes kutelu so ta kantadu
            xa xe xi xo xu, sima xutu na ku
                        di xatu ku si xaropi
                       di xeki sen xeki
                       di xisa kel xikra
                       di xogun ki bira xofer
                        di xukru ku xule
            i txa txe txi txo txu, di txupa limon
                        na txeia txabeta nos kretxeu
                        na txoru matxikadu ses skrita kalapitxadu
 
90 i tal anu dipos
Kulokiu di Mindelu riforsa:
talves so pa skrebi si barbitxi
sinon, nen rabu Ç  ka ta fika
 
15 anu dipos
Grupu di Padronizason prupoi:
            C  e pa bai!
            ku primu, maridu i fidju
            ku rabu tanbe
            i fantasma etimolujia ta kunpanha-s
 
Karlus Magnu fla Amen
dipos di 4 anu ta matuta
i Benson Son Juze ki da
oranu pasadu, dipos di 7 anu ta sumara
 
Adeus letra  C
N ta sana-bu oji
22 sol dipos di dia di mintira
                            i di Verdadi 2007 anu dipos
na Sentenariu nhu Baltas i Jerason Finka Pe na Tera
bespa Sakramentu bu partida
sakedu na txon di portu Sidadi Velha
Bersu Di Nos Tudu

 
Marsianu nha Ida padri Nikulau Ferera

Nós nos media

Julho 12, 2007 às 12:13 pm | Publicado em Revista NÓS MEDIA | Deixe um comentário

Deambulando pela Internet, deparei com uma notícia do jornal Novas da Galiza, que fez um retracto do festival de língua ‘Em Movimento’, para o qual fui convidado e participei com alguns poemas meus. Fiquei muito satisfeito pelo convite e por ter estado lá, uma vez que, estando na Galiza, para mim, é sentir-se em casa. Por outro lado, o retracto que o jornal fez do evento também é muito interessante, chegando mesmo a comparar o momento do recital da poesia com um concerto musical, recordando que, nos dias que correm, não é comum assistir-se a uma afluência tão grande de pessoas a actividades poéticas.
Fico muito feliz, não só por ter sido convidado e por ter participado, como também por saber que a minha participação como a todos aqueles que lá estiveram não frustrou a expectativa daqueles que se deslocaram até ao espaço A Esmorga. Que assim continue a língua ‘galaico-portuguesa’: “Em Movimento”.

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